sábado, 25 de julho de 2009

SEGUNDA DENÚNCIA CONTRA DANIEL DANTAS



20/07/2009
SEGUNDA DENÚNCIA CONTRA DANIEL DANTAS
Ao povo brasileiro e aos internautas, a Justiça Federal paulista recebe mais uma denúncia e torna réus o banqueiro condenado Daniel Dantas e mais 13 investigados na Satiagraha.
A decisão é do juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, recebeu nesta segunda-feira (20) denúncia contra o sócio-fundador do banco Opportunity e mais 13 pessoas, ofertada pelo Procurador da República em São Paulo Rodrigo De Grandis.
O juiz determinou ainda a abertura de três novos inquéritos para aprofundar as investigações da Operação Satiagraha, ligada na denúncia a outro escândalo, o do mensalão.
O banqueiro Daniel Dantas foi condenado a dez anos de prisão por corrupção ativa e responde o processo em liberdade na primeira fase da operação satiagraha.
Um dos inquéritos servirá para aprofundar a participação de pessoas investigadas e não denunciadas inicialmente, como o ex-deputado federal Luís Eduardo Greenhalgh e Carlos Rodenburg (ex-cunhado e sócio de Dantas).
Outro deles apurará crimes financeiros na aquisição do controle acionário da Brasil Telecom pela Oi, e, por fim, uma das investigações será de evasões de divisas supostamente praticadas por cotistas brasileiros do Opportunity Fund, com sede nas Ilhas Cayman, no Caribe.
Ressalto que as novas investigações requisitadas, já estavam nos pedidos do primeiro relatório que apresentei na primeira fase da operação satiagraha e só confirmam todos os dados coletados anteriormente.
Contra o banqueiro Daniel Dantas, pesam as acusações de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas e crime de quadrilha e organização criminosa.



O Opportunity foi apontado como parte de um esquema que desembocaria no chamado "valerioduto", do escândalo do mensalão. Segundo a Procuradoria, por meio da Brasil Telecom, o grupo teria financiado contas pertencentes ao publicitário Marcos Valério, utilizadas no desvio de dinheiro público para o pagamento de parlamentares em troca de apoio político. Este esquema está sendo processo perante o STF.



Segundo o MPF, a Brasil Telecom firmou dois contratos superiores a R$ 50 milhões com as empresas de Valério -DNA Propaganda e SMP&B.



Registro aqui segundo informações divulgadas pela grande mídia, que na denúncia o MPF afirma que as investigações constataram que o banqueiro condenado Daniel Dantas, o presidente do banco Opportunity, Dório Ferman, e a irmã do banqueiro, Verônica Valente Dantas, constituíram "um verdadeiro grupo criminoso empresarial, cuja característica mais marcante fora transpor métodos empresariais para a perpetração de crimes, notadamente delitos contra o sistema financeiro, de corrupção ativa e de lavagem de recursos ilícitos".



A referida decisão determina que à corretora BNY Mellon a liquidação do Opportunity Special Fundo de Investimento em Ações em até 48 horas depois de ser notificado.



O dinheiro apurado com a venda dos papéis do fundo será depositado na Caixa Econômica Federal e sujeito a correção. Caso os réus forem condenados, perderão os valores.

* Saulo Cruz/Agência Câmara
* As acusações contra cada um dos réus na operação policial Satiagraha:



Daniel Valente Dantas, controlador do grupo Opportunity
Formação de quadrilha e organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas e lavagem de dinheiro



Verônica Valente Dantas, sócia e irmã de Dantas
Formação de quadrilha e organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas e lavagem de dinheiro



Dório Ferman, presidente do banco Opportunity
Formação de quadrilha e organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira, gestão temerária de instituição financeira, evasão de divisas e lavagem de dinheiro



Itamar Benigno Filho, diretor do banco
Gestão temerária de instituição financeira e participação no crime de gestão fraudulenta de instituição financeira



Danielle Silbergleid Ninnio, ex-assessora jurídica da BrTelecom
Formação de quadrilha e organização criminosa



Norberto Aguiar Tomaz, diretor do banco
Lavagem de dinheiro



Eduardo Penido Monteiro, diretor do banco
Lavagem de dinheiro



Rodrigo Bhering Andrade, diretor de empresas ligadas ao grupo
Gestão fraudulenta de instituição financeira



Maria Amália Delfim de Melo Coutrim, conselheira de empresas do grupo
Gestão fraudulenta de instituição financeira



Humberto José Rocha Braz, ex-diretor da Brasil Telecom e atual consultor do grupo Opportunity
Formação de quadrilha e organização criminosa e duas lavagens de dinheiro



Carla Cicco, ex-presidente da Brasil Telecom
Gestão fraudulenta de instituição financeira



Guilherme Henrique Sodré Martins, o Guiga, lobista do Opportunitty
Formação de quadrilha e organização criminosa



Roberto Figueiredo do Amaral, lobista e consultor
Formação de quadrilha e organização criminosa e lavagem de dinheiro



William Yu, consultor financeiro
Formação de quadrilha e organização criminosa e lavagem de dinheiro




Por Protógenes Queiroz às 22h01
http://protogenes.blog.uol.com.br/

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